segunda-feira, julho 18, 2011

Breviário da Semana Nº 07

Um semanário muito breve.


Na semana passada, na Mostra Hitchcock, vi apenas um filme. Trama Macabra, de 1976, é um filme recheado de humor. Um casal de vigaristas precisa encontrar uma pessoa desaparecida há 40 anos para receber uma bolada. O problema é que o desaparecido não quer ser encontrado e está disposto a tudo para tirar os dois do caminho. Não é um dos grandes filmes do mestre, mas tem a qualidade que o selo Hitchcock garante. Fez com que eu pensasse que muito se fala em Hitchcock como mestre do suspense, mas pouco se fala de seu humor sutil, muitas vezes sinistro, mas sempre presente em seus filmes.

Trama Macabra
No Festival de Cinema Latino Americano, vi alguns. Da homenagem ao escritor colombiano Gabriel García Márques, A Lagosta Azul, única experiência de “Gabo” na direção cinematográfica, é um filme mudo de 30 minutos que remete ao surrealismo do cinema dos anos 20. É cinema experimental.

Em seguida, vi uma adaptação de sua obra, dirigida pelo cubano Fernando Birri em 1988. Um Senhor Muito Velho com Umas Asas Enormes segue a linha do realismo fantástico presente na literatura latino americana e que às vezes permeia também seu cinema. Numa vila à beira-mar, uma noite surge um homem velho com grandes asas que é capturado e exibido como atração paga.

Também no Festilatino, o argentino Pizza, Cerveja, Cigarro (1997), de Adrian Caetano e Bruno Stagnaro, é um filme urbano, passado em Buenos Aires. Tem problemas de ritmo e o roteiro engasga muito ao longo do filme. Só fica bom no final, quando a última cena alcança uma beleza de triste realidade trágica. Também peguei um filme da homenagem a Orlando Senna. Coronel Delmiro Gouvêa (1978), de Geraldo Sarno, com roteiro coassinado por Orlando Senna, retrata a figura de homem que quis levar o progresso para Pernambuco. Delmiro Gouvêa enfrentou governos e empresas estrangeiras, mas acabou assassinado a bala misteriosamente.

A Lagosta Azul
Para finalizar, revi Gainsbourg – O Home que Amava as Mulheres (2010), de Joann Sfar. Continuo achando uma obra que merece ser vista, ou melhor, apreciada. Tem uma beleza estética, narrativa e musical imensa. Reforça o mito e deixa de lado a realidade. Laetita Casca, como Brigitte Bardot está exuberante e Eric Elmosnino na pele de Gainsbourg, além da semelhança física, atua de forma impecável.
--

0 comentários:

 

Eu, Cinema Copyright © 2011 -- Powered by Blogger